O curso de especialização em TEA oferece uma disciplina de caráter antropológico que possibilita aos/às discentes o acesso à história da descrição do TEA, bem como o conhecimento das alterações na forma do diagnóstico e, ainda, um entendimento sobre como o TEA é compreendido e tratado em diferentes partes do mundo. Ainda no momento inicial do curso, é realizada uma revisão de Psicologia do Desenvolvimento, privilegiando as especificidades do desenvolvimento e da aprendizagem no TEA.
A Análise Aplicada do Comportamento (em inglês, Applied Behavior Analysis – ABA) é indicada pela literatura científica como a melhor ferramenta para intervenções no TEA. Dentro deste campo, há diferentes vertentes e diversas metodologias de tratamento clínico, além de recursos para inclusão escolar desenvolvidos para as pessoas com TEA. Por isso, ofertamos uma disciplina de 60 horas fundamentada em Análise do Comportamento.
O conhecimento a respeito dos processos de plasticidade cerebral é central para a compreensão das intervenções no TEA. Assim, a disciplina Neurobiologia do TEA apresenta elementos importantes para compreensão do TEA. De modo a favorecer um entendimento mais ampliado sobre o eixo central do TEA, ou seja, o transtorno sociocomunicativo, são oferecidas as disciplinas TEA e inclusão, bem como Diagnóstico no TEA. Esta última, vai relacionar os instrumentos de diagnóstico e avaliação indicados para o TEA.
Para ampliar o conhecimento dos/das discentes com relação a outras possibilidades de atuação com pessoas com TEA, a disciplina Oficinas de intervenção: corpo e arte no TEA traz temas voltados às questões específicas da vivência corporal da pessoa com autismo. Ainda neste sentido, a disciplina Aspectos sensoriais do TEA complementa a formação, trazendo o embasamento da integração sensorial. O TEA, como um transtorno do neurodesenvolvimento, integra a singularidade e acompanha a pessoa por toda a vida, por isso, as disciplinas Intervenção precoce e a disciplina TEA ao longo da vida buscam oferecer uma visão integral sobre o autista.
Os/as discentes devem apresentar uma monografia ao final do curso e, para tanto, devem realizar uma pesquisa. Assim, a disciplina Metodologia de pesquisa em educação e saúde proporciona o conhecimento básico necessário para a atividade de pesquisa.
Por fim, após um ano e meio de disciplinas, entendemos que é importante que os/as profissionais que terão o título de especialistas em TEA vivenciem uma prática de intervenção junto a uma pessoa com TEA, para isso, cada aluno/aluna fará 30 horas de acompanhamento supervisionado dos atendimentos que são feitos a essas pessoas nos serviços da UFMG. A disciplina Prática de Intervenção distribuirá os alunos em pequenos grupos, no segundo ano do curso, nos laboratórios e núcleos da UFMG que trabalham com TEA.